segunda-feira, 6 de junho de 2011

A vitória da direita, a meia vitória do PCP, a derrota do PS e do Bloco e a incrível, incrível, incrível derrota do PCTP/MRPP

Um partido ter 1,13% dos votos e não eleger deputado e outro eleger 8 com 5,1%, não é uma aberração de um sistema que se quer perfeito?

Eu peço desculpa a todos os vencedores da noite de ontem, mas Garcia Pereira ficou à porta do Parlamento com 62491 votos e o PPD/PSD precisou de 20.432 para eleger cada deputado (o PS 21340, o CDS 27174, a CDU 27553 e o Bloco 36.009)!

Bem sei que o método de Hondt é assim. Mas não nos podemos resignar ao é assim. Ontem, o PCTP e o PAN deviam ter eleito deputado (deputados) por um círculo nacional, que respeitasse a proporcionalidade.

A derrota do PS é tão ou mais poética quanto a composição da vitória do PPD/PSD. Concelhos como Palmela, Évora, Montijo, Setúbal, Lisboa e Chamusca, distritos inteiros como o da Guarda, Viana do Castelo, Bragança, Viseu, Aveiro e Faro, ganhos por Coelho, representam uma hecatombe eleitoral para o PS.

Por isso mesmo, posso garantir-vos uma coisa: o PPD/PSD só não teve maioria absoluta porque o PCP se aguentou como um leão!

Na hora do adeus a Sócrates, não faremos, já, um balanço. Mas assumimos: o Partido Socialista está em crise!

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