Dizem, saiu na imprensa, que Marco António Costa, o novo barão do PPD/PSD, terá telefonado a Pedro Passos Coelho e, encostando-o à parede, disse-lhe: "agora, com este PEC, ou vamos a votos no país, ou vamos a votos no partido."
Não sei se será verdade. Mas sei que os factos trazem alguma veracidade a este boato.
Cavaco inaugurou o ciclo político no dia em que foi eleito, mantendo o timbre, embora com institucionalidade (existirá esta palavra?), no dia da tomada de posse; o Bloco de Esquerda seguiu a pauta e encostou o governo à direita, tentando sair da alhada que foi a eleição Presidencial; o PPD/PSD e o CDS/PP mostraram ao que vinham, acantonando-se na posição desconfortável de defender uma coisa em Elvas e o seu contrário em Badajoz - o que até nem é novidade, cosiderando que do outro lado se institucionalizaram os bordéis para a freguesia lusitana fazer às de lá o que não faz às de cá.
Mas o que me chocou mais, muito mais, foi ver a Senhora Doutora Ferreira Leite, eterna aspirante a Dama de Ferro lusa, defender o chumbo do PEC, em plena Assembleia da República, alinhada com o tal Marco António Costa - que tem nome de imperador, primeiro, e de boa gente no fim.
Isto não é muito perceptível?
É, mas não é. Melhor, é aqui, mas não é lá fora, sítio onde, por estranho que vos pareça, mora quem vai decidir o nosso futuro...
E aqui vamos nós, remando sem rumo...