segunda-feira, 28 de março de 2011

A Europa perante o fim de (mais) um ciclo poítico

Este fim de semana foi um bom exemplo académico do que é o fim de um ciclo:

. em França, Le Pen (filha) ganhou posições à UMP e o Partido Socialista manteve-se como a primeira força política, o que é um indicador para as Presidenciais do próximo ano;

. em Inglaterra, Cameron assistiu a centenas de milhares de ingleses a manifestarem-se nas ruas de Londres, exigindo respostas imediatas para a grave crise social britânica (pude observar, in loco, na semana passada como responsabilizam, vejam bem, os baby boomers...);

. na Alemanha, Merkl perdeu as eleições no estado de Baden - Württemberg, um bastião da direita há sessenta (sessenta, leram bem...) anos, tudo apontando para uma vitória da esquerda nas eleições gerais;

Perante este cenário, que anuncia alterações profundas no eixo Berlim - Paris, a pergunta que se deve fazer é muito simples: se os povos europeus ambicionam uma alteração de políticas sociais, porque é que os políticos que os representam pretendem manter a rigidez financeira?

A resposta não será simples, mas parece que se pode traduzir como uma necessidade de controlar os custos dos Estados europeus em dois vectores essenciais no modelo social europeu: prestações sociais e cuidados (de saúde e de educação) do Estado.

Será mesmo necessária essa alteração de paradigma? As nossas eleições podiam servir para discutir esta problemática...

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